segunda-feira, 24 de março de 2008

Patrimônio Histórico, por Paulo Alonso

Podemos dizer que patrimônio histórico é tudo aquilo que diz respeito à nossa história, faz parte de nós, das nossas memórias e, principalmente, que diz quem somos. Dessa forma, podem fazer parte do patrimônio histórico as casas, edifícios, praças, jardins, monumentos, o calçamento das ruas, as esculturas, as festas religiosas e folclóricas, o modo de fazer uma comida ou bebida, alguma música, enfim, todas as coisas que a comunidade tem orgulho na cidade, no estado ou no país ou, até mesmo, no mundo. Ao longo do tempo, o termo patrimônio histórico foi dando lugar ao termo patrimônio cultural como forma de abranger mais coisas. Temos também o patrimônio natural – serras, cachoeiras, rios, matas etc.Para garantir a preservação do patrimônio cultural e natural foi criado um instrumento legal chamado tombamento. O tombamento não significa a perda de propriedade do bem ou da coisa tombada e nem implica no “congelamento” dela. O bem tombado pode ser vendido, comprado ou alugado, mas as modificações físicas somente podem ser realizadas mediante autorização prévia e acompanhamento técnico do órgão competente. O tombamento existe nas instâncias municipal, estadual e/ou federal, dependendo da escala de valor das coisas tombadas.Cataguases possui tombamento nacional e municipal. São edificações de grande valor na história, nas artes e na arquitetura brasileira. Podemos citar, como exemplo, algumas construídas no final do século XIX e início do século XX": a Prefeitura, a estação ferroviária, o Instituto Francisca de Souza Peixoto (antiga Fábrica de Fiação e Tecelagem), a chácara D. Catarina, o Museu de Eletricidade e muitas outras. E, depois da década de 1940, temos as de importância artística do movimento chamado modernista: o Colégio Cataguases, o Hotel Cataguases, o Cine Teatro Edgard, o edifício A Nacional, a Praça Rui Barbosa, as vilas operárias do bairro Jardim, muitas residências particulares e outras construções. O prédio do Instituto Francisca de Souza Peixoto, por exemplo, conta a história da industrialização em Cataguases. Foi a primeira indústria da cidade e sua arquitetura está relacionada à mesma que se fez na Inglaterra do período da Revolução Industrial. Neste sentido, preservar e cuidar do patrimônio cultural e natural é cuidar de nossa identidade, de nossa memória e de nossa afetividade. É cuidar de nós mesmos!


Paulo Henrique Alonso - arquiteto urbanista
Editorial da Revista Chica
Ano IX. Número 1. Setembro / Outubro 2007

Nenhum comentário:

Quem sou eu

Minha foto
Felicidade - Alegria - Prosperidade - Fé - Otimismo - Harmonia - Paz - Amor - Qualidade de Vida :) Casada com Thiago, mãe do Rafael, sou MONIQUE COSTA GARDINGO LACERDA mgardingo@gmail.com FORMAÇÃO ACADÊMICA: Graduação em Comunicação Social - Jornalismo. Pós-graduações lato-sensu: 1.Administração e Marketing. Gestão Estratégica, 2.Comunicação, Marketing e RH;

Um com Deus!

Deus está aqui... tão certo como o ar que eu respiro, tão certo como o amanhã que se levanta... tão certo como eu te falo e podes me ouvir!