segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Entrevista com Célio Turino

Pontos de Cultura – desenvolvimento por aproximação
Nos dias 03 e 04 de novembro foi promovida, em Belo Horizonte, uma oficina de jornalismo cultural para ampliar a cobertura da TEIA 2004. Uma oficina diferente e interessante que promoveu ricas trocas entre os participantes com o chamado “café cultural”. Além dos participantes dos Pontos vindos de todo o país, participaram personagens célebres da cultura e do jornalismo. No domingo, houve uma coletiva com o Secretário de Programas e Políticas Culturais do MinC, Célio Turino, quando participou a colaboradora do Instituto Francisca de Souza Peixoto, Monique Gardingo.

MG – Como é essa relação do Governo Lula com a cultura no Brasil?
CT – Em 2003, o Presidente Lula pediu ao Ministro Gilberto Gil para aplicar um programa de acesso à cultura. O projeto inicial se chamava Base de Apoio a Cultura – BAC - que previa a criação de centros culturais nas periferias do país. O que não deu certo, o projeto era muito caro e o próprio nome BAC se remete, no entendimento comum, à “queda”. Assim, em junho de 2004, o Gil me convidou para trabalhar no MinC propondo a reformulação do programa de acesso a cultura.
Como o Brasil é um país de cultura diversificada e com muitos movimentos vivos na cultura, criamos o programa “cultura viva”, como diz o presidente “quem faz cultura é o povo e não o Estado”. Daí veio a idéia dos “Pontos de Cultura”, ou seja, para potencializar o que a sociedade já faz.

MG – Como surgiram os Pontos? Como se dá essa relação com o Estado?
CT – O Estado lançou edital público focado em movimentos culturais existentes. Os projetos que se tornaram “Pontos” passaram a receber uma verba do Estado e em vez do Estado dizer como era pra ser usada, ele perguntou “como você (projeto) vai usá-la?”.

MG – Mas, e a Teia? Como ela se insere nesse contexto?
CT – A Teia traz a idéia de movimento por aproximação. Mais que identificar Pontos de Cultura, o objetivo do Estado é unir esses movimentos culturais, integrar a diversidade cultural do país. Aí se insere a Teia – para unir pontos, discutir cultura, política e integrar movimentos.

MG – Quais são as bases do Programa Cultura Viva?
CT – Ser um articulador em rede da cultura e preservar a autonomia, o protagonismo e o empoderamento desses movimentos. O que interessa mesmo dos Pontos é o processo, é a sustentabilidade vinda do produto na potencialização do que já existe.

MG – Que tipo de movimento representa um Ponto de Cultura?
CT – No Ponto de Cultura vale tudo, artesanato, dança artes visuais, enfim, é essa diversidade que o Brasil tem que enriquece o Programa e mais que isso, a nação.

Teia de Cultura: Um encontro dos Pontos

Grupo GPTo de Teatro de Bonecos se apresenta no Palácio das Artes

Entre os dias 07 e 11 de novembro ocorreu na capital mineira, a segunda edição da Teia de Cultura. Um evento nacional que objetiva reunir todos os pontos de cultura mapeados pelo programa cultura viva do ministério.
Esta edição sediada em Belo Horizonte foi promovida pelo Instituto Pensart de São Paulo com o apoio do Governo.
O evento produziu fóruns de discussões focados nas delegações, seminários para representantes, palestras, mesas temáticas (conversês) e movimentos culturais diversos.
Com o tema “Tudo de todos” – a Teia foi aberta ao público e lançou uma extensa programação em cinco dias, iniciando com a abertura oficial do presidente Lula seguida do ministro Gilberto Gil.
Dentre as apresentações culturais, estava lá, o Instituto Francisca de Souza Peixoto (Ponto de Cultura mapeado com o projeto TEAR), que, além de enviar uma comitiva para participar do evento, foi também apresentador. O Grupo GPTo foi selecionado para se apresentar no Palácio das Artes com a peça “Zona da Mata” às 14h do dia 08 de novembro.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

MÍDIA E POLÍTICA NO BRASIL

Mídia e Transição Democrática: a (des) institucionalização do pan-óptico no Brasil

Resumo da Leitura
O Poder da Mídia sobre o poder da Política

“Os impactos pan-ópticos sobre a accountability e, consequentemente, sobre a poliarquia se fazem não só por aquilo que os meios nos permitem ver - ou que graças a eles pressupomos ser visível -, mas também por como permitem”.
(Trecho retirado do livro Mídia e transição democrática, pág 177 de Fernando Lattman-Weltman)

A mídia e a política no Brasil tem caminhado juntas ao longo da história. A imprensa chegou ao Brasil com a vinda da família real para o país. Até então o Brasil era um dos únicos países do mundo que não produzia a palavra impressa. Livros e jornais eram proibidos. Segundo Lustosa, em “O nascimento da Imprensa Brasileira”, a primeira impressão de jornal brasileiro feita no Brasil foi o “Gazeta do Rio de Janeiro” lançado em 10 de setembro de 1808. E o primeiro jornal a ser destinado ao país foi o “Correio Brasiliense”, em primeiro de julho de 1808, publicado em Londres, por Hipólito da Costa - um brasileiro que nasceu no Uruguai.
Na capital mineira, o primeiro jornal, “Belo Horizonte” surgiu em setembro de 1895. Os primeiros jornais, inclusive os de Belo Horizonte, sofriam de “mal de humbigo”, ou seja, tinham vida curta. Mas, apesar da vida curta dos primeiros jornais, eles serviram para constriuir o que mais tarde chamou-se de grande imprensa.De um veículo formariam novos (como previu /afirmou Marshall Mcluhan), assim surgiram revistas e outras variações de impressos, a revolução com o rádio e a TV - que ao surgir provocou questões sobre a sustenção dos outros veículos. Hoje, o mais recente e inovador meio, a internet.
Mas, tratando-se a tempos anteriores à rede, analisamos a ascenção da TV inserida a um período político - a era militar no Brasi envolvendo - AI5 e golpe de 64.
A mídia televisiva cresceu e tomou grandes proporções de visibilidade. Na década de 80, mais de 75% das casas tinham um aparelho de TV. Um meio que se popularizou e levou a informação (acessível e barata) às pessoas. Após uma ascenção rápida da TV, a mídia se reestabelece após a década de 80, quando, mesmo com a grande audiência televisiva, ganha espaço também os demais meios.
Ao tomar grandes proporções e se tornar mediadora entre “público - privado”, a mídia ganha força e se torna aliada e ao mesmo tempo fiscalizadora da política / dos políticos.
Grandes discussões trazidas no texto que constróem a relação mídia e política são pan-óptico - poliarquia e agenda setting, já tratadas na citação ao início texto. Considero o conteúdo dessa citação um resumo da obra, pois trata-se da mídia e política ditando a agenda (pauta) uma da outra, numa simples definição de agenda setting. A autovigilância, ao tentar-se definir o pan-ópitico, e a disputa de poder e participação trazidas nas discussões de poliarquia e accountability.
Assim, vão se encontrando esses dois “poderes” às vezes denunciando, outra construindo, caminham - mídia e política num processo histórico que esclarece às massas e confunde indivíduo / público / eleitor.

Monique Gardingo
Aluna da disciplina “Mídia e Opinião Pública”, ministrada pelo Prof. Gilberto Salgado no curso de Mestrado em Ciências Sociais.

Quem sou eu

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Felicidade - Alegria - Prosperidade - Fé - Otimismo - Harmonia - Paz - Amor - Qualidade de Vida :) Casada com Thiago, mãe do Rafael, sou MONIQUE COSTA GARDINGO LACERDA mgardingo@gmail.com FORMAÇÃO ACADÊMICA: Graduação em Comunicação Social - Jornalismo. Pós-graduações lato-sensu: 1.Administração e Marketing. Gestão Estratégica, 2.Comunicação, Marketing e RH;

Um com Deus!

Deus está aqui... tão certo como o ar que eu respiro, tão certo como o amanhã que se levanta... tão certo como eu te falo e podes me ouvir!