quinta-feira, 5 de junho de 2008

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Homenagem a Machado de Assis


O Instituto Francisca de Souza Peixoto e o Proler convidam para a homenagem ao Centenário de Machado de Assis (1908 - 2008 cem anos sem Machado)
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02//07 Quarta-feira
09h - O teatro de Machado de Assis (Institutto Francisca de Souza Peixoto)
Luciano de Andrade
Mestrando em Literatura na UFES

15h - Um olhar Cinematográfico (Casa Simão)
Documentário: Um Mestre na Periferia
Comentário: Geraldo Filho

19:00 - História e Literatura (Institutto Francisca de Souza Peixoto)
Mesa:
Marcelo Lopes
Jornalista, historiador, editor do jornal Cataguases
Ronaldo Werneck
Poeta, jornalista e crítico

20:00 Memórias Póstumas: o "entre-lugar" do romance brasileiro no discurso ocidental (Institutto Francisca de Souza Peixoto)
Marcos Vinícius Ferreira de Oliveira
Prof. de Literatura Brasileira - FEAP, Doutorando em Estudos literários UFJF

Intervenção Cultural: Um apólogo: "A agulha e a linha" com Grupo GPTo de Teatro de bonecos

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03/07 - quinta-feira

09h Há mais coisas entre Machado e Shakespeare do que sonha o "caro leitor"
(Institutto Francisca de Souza Peixoto)
Geraldo Filho
Prof. de Literatura do Colégio Equipe Cataguases - Leopoldina

15h - Um olhar Cinematográfico (Casa Simão)
Documentário: Memórias Póstumas
Comentário: Geraldo Filho

19h Intervenção Cultural
(Institutto Francisca de Souza Peixoto)
O Alienista, com Fernanda Godinho e Jacqueline Govêa
Direção: Carlos Sérgio Bittencourt

19:30h Machado para a Juventude (Institutto Francisca de Souza Peixoto)
Mesa:
Denise de Fátima Mathias
Prof. de Literatura CEFET - MG e Contadora de História
Geraldo Filho
Prof. de Literatura do Colégio Equipe Cataguases - Leopoldina
Luciano de Andrade
Mestrando em Literatura na UFES

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04/07 - sexta -feira

09h - O Conto Machadiano (Institutto Francisca de Souza Peixoto)
Denise de Fátima Mathias
Prof. de Literatura CEFET - MG e Contadora de História

15h - Um olhar Cinematográfico (Casa Simão)
Documentário: A Cartomante
Comentário: Geraldo Filho

19:30h Machado de Assis: Machado de Assis: síntese da trajetória de um grande leitor.(Institutto Francisca de Souza Peixoto)
Luiz Antônio de Souza
Coordenador da Biblioteca Acadêmica Lúcio de Mendonça
Academia Brasileira de Letras

Intervenção Cultural: Revista Eletrônica- Biblioteca Digital
Sarau com o Grupo AERO e convidados (Concha Acústica) Pça Manoel Inácio Peixoto

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* de 30/06 a 04/07 todas as manhãs a Biblioteca Digital e o Proler apresentarão Um apólogo: "A agulha e a linha" e a Revista Eletrônica: Machado de Assis, vida e obra.
O Telechica apresentará durante esses dias a entrevista com Rubem Alves por meio de Peça teatral e manterá em exposição os recontos elaborados pelos alunos.

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Para o evento serão feitas inscrições gratuitas antecipadas no Instituto Francisca de souza Peixoto

O evento conta com o apoio do Colégio Equipe, Fundação Ormeu Junqueira Botelho e Fundação Simão José Silva

terça-feira, 3 de junho de 2008

Que língua você fala?

Por Heloiza de Castro da Costa


Durante anos, estudiosos da língua portuguesa tentam chegar a um consenso entre as línguas falada e escrita. A falada coloquial e a escrita padrão.
No livro A língua de Eulália, Marcos Bagno – mineiro de Cataguases, tradutor, contista, poeta, autor de livros infantis, mestre em Lingüística e doutor em Filologia – leva o leitor a refletir sobre o funcionamento da língua portuguesa e as diferenças existentes entre a Norma Padrão e a Norma Não Padrão do português, conduzindo-o, no decorrer do livro, a observar os “erros” mais freqüentes entre os falantes, e os porquês dos tais.
A língua de Eulália é uma novela sociolingüística que trata da língua usual, funcional, dinâmica, mas, nem sempre, “correta” em relação à gramática normativa.
Todo enredo se passa na cidade de Atibaia, interior de São Paulo, onde três estudantes universitárias, uma de Letras, uma de Pedagogia e outra de Psicologia, chegam para passar as férias na casa da tia de uma delas. A princípio, as moças comentam jocosamente o modo de falar de Eulália, a antiga empregada e amiga da dona da casa Irene, professora aposentada e profunda conhecedora da língua portuguesa, que as repreende. A professora fala uma frase em italiano e depois uma em português arcaico para mostrar-lhes que o que Eulália fala é apenas um português diferente. Com isso, o autor introduz o assunto do livro. A partir daí, a professora e as amigas iniciam uma rotina prazerosa de aulas sobre a língua portuguesa falada no Brasil.
Por se tratar de uma novela, Bagno consegue, em 209 páginas divididas em 22 capítulos, e em linguagem simples e atrativa, discutir pontos que até então eram tidos como alvo de preconceito entre aqueles que dominam a forma “correta” de falar. Porém, o autor abre intuitivamente um outro dilema: será que os falantes cultos sempre falam como está escrito no papel? Ele mesmo dá a resposta com exemplos, e diz que qualquer falante culto comete “erros” quando está em situações de descontração e em que não precise usar termos complexos.
As aulas de Irene são baseadas em anotações que ela reúne para escrever um livro em que falará de fatores sócio-culturais, regionais, de idade e de sexo que influenciam o modo diferente de falar das pessoas e geram preconceito. Irene, personagem que aqui representa o próprio autor, leva o leitor a uma viagem pela historia de formação e origem da língua portuguesa para explicar as mudanças que ocorrem com o passar dos anos e que são responsáveis pelas variações lingüísticas. Ela reflete também sobre o fato de o português ter sido uma língua derivada, não do latim clássico, mas do latim vulgar, aquele que era falado pelos soldados nos campos de guerra e que veio para a Península Ibérica através dos romanos. Demonstra isso exemplificando que, pelo fato de o Brasil ter sido formado também por vários tipos de cultura é que as influências alteraram tanto o português falado pelos brasileiros.
Outro ponto que o autor lembra é a dinamicidade da língua falada. Fala-se, hoje, de um modo tão rápido que a pronúncia das palavras acaba passando por um processo de supressão fonética. É lembrado, também, o caso do plural, que não é respeitado pelo falante. Para todos esses “erros”, Bagno dá a resposta de como e por que eles acontecem.
Tudo isso é “ensinado” por Irene às alunas de modo simples e agradável, levando o leitor à reflexão de que a língua falada é dinâmica e de que o “Padrão” pode, daqui a alguns anos passar por mudanças tão significativas que um falante verá esse português de hoje como arcaico, do mesmo modo como o falante de hoje não entende claramente o português de Camões.
Mas, em nenhum momento, Bagno induz o leitor a abandonar e substituir o Português Padrão pelo Português Não Padrão. Ao contrário: ele defende que o estudo do Português Padrão é fundamental para que o usuário da língua saiba se comunicar com facilidade sendo melhor aceito socialmente.
No final da trama, Irene informa que publicará seu livro e que se chamará “A língua de Eulália”, porque Eulália em grego significa “a que fala bonito, a que fala bem, a que fala certo”.
Sobre o livro, publicado pela Editora Contexto, Sérgio Simka, professor de Português e redator de O Estado de São Paulo, diz, na contra-capa da 15ª edição de “A língua de Eulália”: “O autor faz um tema circunscrito à academia, aos especialistas, passar para a esfera dos mortais, dos não-iniciados, de tal forma que consegue prender até a atenção do leitor não muito familiarizado com o assunto”.
Por estes motivos e outros, não relatados aqui, é que A língua de Eulália é altamente recomendado a estudantes de todos os níveis de escolaridade, ou a pessoas que se interessem em fazer melhor uso da língua, pois este livro sabe fazer com que, através de análises dos “erros” o leitor entenda melhor os “acertos”, além de despertar a leitura de outros livros relacionados a esse assunto. Mas, é mais que recomendado a alunos de Letras, sendo até uma obrigação tê-lo como fonte de pesquisa ou simplesmente para uma rápida consulta.

Quem sou eu

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Felicidade - Alegria - Prosperidade - Fé - Otimismo - Harmonia - Paz - Amor - Qualidade de Vida :) Casada com Thiago, mãe do Rafael, sou MONIQUE COSTA GARDINGO LACERDA mgardingo@gmail.com FORMAÇÃO ACADÊMICA: Graduação em Comunicação Social - Jornalismo. Pós-graduações lato-sensu: 1.Administração e Marketing. Gestão Estratégica, 2.Comunicação, Marketing e RH;

Um com Deus!

Deus está aqui... tão certo como o ar que eu respiro, tão certo como o amanhã que se levanta... tão certo como eu te falo e podes me ouvir!